segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

As Árvores e nós...


"As árvores estão aí! Na realidade sempre estiveram. A humanidade é que só agora começa a percebê-las melhor. Elas cobriram com um imenso manto verde a Terra desde os seus primórdios e a colocaram em ressonância directa com a vida cósmica. Foi assim que a prepararam para receber a vida humana.

Temos diante dos olhos o resultado da nossa alienação. O grave desequilíbrio ambiental que o planeta vive hoje tem as suas raízes no nosso egoísmo e ignorância, no desconhecimento das leis básicas que regem a manifestação da vida. Não reconhecemos que somos uma Vida Una, que fazemos parte de uma grande malha viva na qual todos os sers são interdependentes. nossa cegueira está nos levando a destruir, implacavelmente, as florestas remanescentes do planeta. E há árvores ainda aí para nos dar os últimos sinais de alerta, antes que seja tarde demais! Algo ainda pode e deve ser resgatado, com urgência, dentro e fora de nós."
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Apresentação do livro "O Chamado das Árvores" de Dorothy Maclean, por

Dr. José Maria Campos (Clemente)
Médico clínico e pesquisador

Introdução:

...e certa manhã recebi a seguinte orientação da minha divindade interior:

"
Para os que têm uma compreensão mais profunda da vida, tudo tem significado. As forças da natureza são algo para se sentir interiormente, algo que pede dedicação. Um dos trabalhos que cabe a você é o de sentir interiormente forças como a do vento, sentir sua essência E propósito maior, ser positiva e estar em harmonia com essa essência.

Não será tão difícil quanto você pode, a princípio, imaginar. Tudo pode ser percebido assim, mesmo o Sol, a Lua, o mar, as árvores, e até um simples capim.
Tudo é parte da Minha Vida. Tudo é Vida Una.
A humanidade em vez de cooperar generosamente com a vida neste planeta, despedaçou-a por completo. Faça a sua parte resgatando, com a Minha ajuda a unidade.

Comece pensando nos espíritos mais elevados da natureza, nos anjos que iluminam os planos subtis, e sintonize com eles. Será tão inusitada essa intenção de atrair o interesse deles para cá! Eles ficarão cheios de alegria ao prestar ajuda e ao encontrar membros da raça humana ávidos por recebê-la. Quando me refiro a esses espíritos elevados, não me limito apenas aos que iluminam subtilmente determinada região, mas os que dão alento às diferentes formas físicas, tais como nuvens, chuva e hortaliças.

No Novo Mundo, os reinos da natureza estarão bem abertos aos seres humanos - ou melhor, os seres humanos estarão abertos a eles. E assim, por exemplo, quando a chuva for necessária se fará chover. Isso seria possível até mesmo agora, se a sua fé fosse grande o suficiente e não houvesse em você nenhuma ideia de limitação.

Agora, apenas fique aberta para os gloriosos reinos da natureza, com empatia e compreensão, consciente que esses seres são da Luz, que querem ajudar, embora desconfiem dos seres humanos e estejam alertas em relação a truques e falsidade. Mantenha-se junto de Mim e eles não encontrarão nenhum impedimento. Você então construirá o caminho em direcção ao novo."

Eu me questionava sobre essa orientação interior e era muito céptica quanto a segui-la. Finalmente acabei por obedecer à instrução: primeiro entrei em sintonia interna e depois me concentrei na forma e na energia de uma ervilha-de-cheiro, uma das plantas favoritas entre as que havíamos plantado em redor do nosso trailer. Para minha surpresa a conexão foi imediata e recebi uma resposta útil e criativa. Foi o início de uma maravilhosa experiência de cooperação com as inteligências da natureza nos jardins de Findhorn. Fui ajudada a compreender o processo pela seguinte indicação interna:

"Você é pioneira quanto à verdadeira atitude que o ser humano deve ter em relação à natureza, à Vida Una, que implica perceber tudo em termos de força de vida - não de uma força meramente impessoal como a electricidade, mas como a manifestação de algum ser. Não apenas isso. Os seres por trás das inúmeras manifestações são Meus representantes conscientes, prontos a ajudar e a ensinar, embora exteriormente vejamos apenas uma simples abelha, uma folha ou uma pedra. Atrás de tudo há uma grande corrente de vida que conduz a Mim. aos seres humanos pode ser conseguido domínio sobre tudo isso na Terra, mas apenas na proporção em que também se encaixem na grande corrente de vida."

Em outro momento minha orientação interior foi:

"Falo do mundo unificado e do inter-relacionamento entre todas as coisas vivas, mas para alcançar esse novo conceito é preciso esforço. Ele é novo, mais novo do que você pensa... Os velhos laços foram construídos sobre o conceito de que cada um de vocês é uma entidade separada, relacionada com outras entidades. Os novos laços são construídos com base no conceito de que vocês são parte da realidade maior, e de que suas vidas não estão separadas. Há uma clara diferença entre essas duas coisas.

Relacionamentos no velho sistema, eram mais ou menos como duas ruas sem saída sendo conectadas, porque uma vez estabelecidos, tinham tendência a permanecer estáticos e a não crescer. No novo sistema, cada relacionamento é vivo e em mutação, o que por si só requer esforço. Nada deve ser tomado por certo. Deve sempre haver uma abertura e um a procura por horizontes mais amplos."

Pedi ajuda às dimensões internas, à alma das várias espécies de plantas, e recebi resposta para nossos problemas de jardinagem. Com isso as verduras e os legumes ficaram incrivelmente saudáveis, e o jardim acabou atraindo muitos visitantes. Alguns tiveram suficiente interesse na nossa abordagem espiritual para se juntarem a nós. Esse experimento de cooperação com a inteligência da natureza foi tão bem sucedido que acabamos sendo conhecidos com a Fundação Findhorn, agora com quase quarente e sete anos.

Compreendi que "as mais elevadas energias inteligentes" da natureza - os anjos ou devas (palavra que quer dizer "o que brilha", em sânscrito, antigo idioma hindu) guardam os padrões arquetípicos (a ideia, o modelo) das formas.


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Dorothy Maclean

"o Chamado das Árvores"


IRDIN editora

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