sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mudança de Referencial...



Contemplar é reconhecer

Quando alguém percebe que os ensinamentos da Verdade são fundamentalmente  para que a Realidade Divina seja discernida, e não meramente para que a suposta vida humana seja melhorada, a palavra “contemplação” , encontrada com frequência nos artigos, passa a merecer a atenção prioritária. E isto se deve ao fato de que a Realidade divina está pronta, aqui mesmo, requerendo apenas “olhos que a vejam”. Temos estes olhos? Temos, evidentemente, e pelo mesmo motivo de a Realidade perfeita já estar consumada: já temos a Mente de Cristo; a Verdade pronta já inclui o nosso Ser dotado do Sentido espiritual ou divino.

Todo o Universo é Sentido Divino em Autopercepção. Que é “contemplar” esta revelação?  De início, por achar alguém que possa estar em “mundo material” e dotado de “sentidos humanos”, a verdadeira “contemplação”poderá  lhe parecer difícil de ser realizada! A suposta “mente humana” parecerá ser seu único meio de percepção, e, o que é percebido por ela lhe é revelado ser ILUSÃO. Esta informação da Verdade, em grande número de casos, gera a seguinte pergunta: “Se tudo que eu percebo é ILUSÃO, como poderei ver o que é Realidade?”  A resposta correcta seria: “VOCÊ JÁ ESTÁ VENDO A REALIDADE! Não existe “outro “eu” sem ser Deus! Não existe “ilusão” que possa realmente estar sendo “vista”! O “eu que vê “ilusão” faz parte da “ilusão”, e não é realidade!”

Os princípios contidos nesta resposta actuam inicialmente como bússola, ou seja, a pessoa passa a meditar se orientando por eles e não mais pela “mente em ilusão” ou pelas “aparências ilusórias”.  “Contemplar”, portanto,  é reconhecer intuitivamente a veracidade destes princípios, mesmo que pareçam “loucura para os homens”, como diria Paulo. Por exemplo, se uma situação problemática estiver sendo” vista humanamente”, o princípio garante que o problema é ilusório, e a Realidade é Harmonia permanente.  “Contemplar” é reconhecer esta revelação como FATO MANIFESTADO, descartando a crença em problema e admitindo a Harmonia estando sempre em seu lugar! E sem qualquer ESFORÇO ou INTENÇÃO de se melhorar alguma coisa. “Contemplar a Verdade” é  reconhecer incondicionalmente  que DEUS, O BEM ABSOLUTO, É TUDO.

Este “reconhecimento intuitivo”, por ter o respaldo da Verdade absoluta, quando  feito assiduamente, através da “Prática do Silêncio”, gera a chamada  “Mudança de Referencial”, ou seja, nosso ponto de vista com relação à Existência passa a ser o de Deus, da Consciência iluminada que somos, e não mais o da ILUSÃO, isto é, o das “imagens tridimensionais” mostradas pela suposta mente humana. A frase de Jesus, “o meu Reino não é deste mundo”, é então claramente compreendida. Entendemos que, como Deus é TUDO, o que somos, é puramente o que Deus é em expressão individual: o Cristo. Portanto, “contemplar a Verdade” não é “mudar nada”, e sim nos discernirmos “despertos”, dotados do Sentido divino, e, principalmente, conscientes de que através deste Sentido iluminado, já estamos, de fato, “contemplando” unicamente a Realidade eterna, perfeita, consumada, permanente.

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