domingo, 11 de junho de 2017

...e,...

Notas:
CONSCIÊNCIA – com ciência, com conhecimento (ciência= conhecimento)...
Percepção – ângulo de observação...
Realização – realizar, vivenciar ...

Dando ênfase à parte final do SHOULD 10 – 2ª Parte
...
Agora eu gostaria de contar um pouquinho sobre a minha vida depois da realização, como fiz muitas vezes antes, mas eu gostaria de contar sobre ela a partir de uma perspectiva um pouco diferente, porque muitos de vocês estão fazendo esta pergunta: “O que acontece? O que acontece depois da minha realização? Vai ficar tudo chato? Será que vou saber o que fazer o dia todo? Vou achar intolerável ficar no planeta, como Adamus, às vezes, menciona?”
Mas eu fiquei aqui por muitos anos depois da minha realização, depois do meu colapso. Oh, aquele colapso mental que eu acho que foi verdadeiramente o melhor presente que me dei. Eu era muito obcecado. Muito mental. Vivia tanto buscando as respostas através da matemática, da ciência ou da filosofia que fiquei totalmente preso, emperrado. O colapso da mente foi, talvez, a melhor coisa que me aconteceu. Passei dois anos deitado na cama, mas esse é um período muito pequeno pra os tantos presentes que recebi.
Assim, a pergunta que vem de vocês: “O que fazer o dia todo como Mestre encarnado, realizado?” Vou compartilhar minha história.

A História de Kuthumi
Agora, no ano passado, eu falei que eu andava. Coloquei um pé na frente do outro e comecei a andar. Eu não sabia pra onde eu estava indo, vejam, porque a minha mente tinha parado de fazer essas perguntas. Eu tinha transcendido tudo isso, então, não fazia qualquer diferença pra onde eu iria. Eu só colocava um pé na frente do outro e começava a andar.
Então, comecei minha jornada, a jornada para o meu Eu, uma jornada simplesmente pra visitar o planeta. Comecei a caminhar, comecei a visitar lugares e comecei a falar e falar com todas as coisas. Eu falava com qualquer coisa com a qual eu fizesse contato. E alguns diriam que é maluquice falar com árvores, mas experimentem algum dia. Como Mestre encarnado, é fenomenal, porque, então, a árvore agora começa a falar com vocês.
Assim, enquanto eu caminhava certo dia, parei embaixo de uma árvore bem grande e disse: “Olá, árvore. Como você está hoje?” E a árvore respondeu, vejam bem. Ela respondeu, dizendo: “Eu sou uma árvore, estou bem. E você, como está?”
E eu disse: “Eu Sou um Mestre, estou bem.” E a árvore me disse: “Você é um pouco diferente dos outros humanos que passam por aqui. Você está realmente conversando comigo. Em vez de fazer xixi em mim, você realmente está sentado aqui, conversando comigo. O que o faz ser tão diferente, humano?”
E eu disse: “Eu simplesmente saí da minha mente. Eu sou louco e adoro isso.” [Algumas risadas]
E eu disse para a árvore: “Árvore, você me lembra muito a mim mesmo antes de enlouquecer. Veja, meus pés estavam fincados no chão, assim como os seus estão. Eu não podia realmente me mover. Digo, eu tinha pernas, mas eu estava tão preso naquilo que eu fazia que não conseguia realmente me mover. Não conseguia realmente explorar as coisas. Então, de certo modo, eu era como você, árvore. E, veja, eu também era como você porque eu tinha galhos – galhos que se estendiam de mim –, e esses galhos eram os meus ancestrais, a minha família. E eu me prendia a essa árvore ancestral. Eu me agarrava a todos os fantasmas dos meus ancestrais e mesmo ao meu próprio passado. Então, de certa forma, eu era muito parecido com você, árvore. Mas, agora, estou livre. Agora, eu só fico visitando os lugares, andando por aí e falando com árvores. E, minha cara árvore, que você seja abençoada com a mesma liberdade com que fui abençoado, pra que você não fique tão presa ao solo nem a todas as velhas memórias da família, pra que você seja livre pra ser você, árvore.” E a árvore, então, literalmente estendeu dois de seus grande galhos e me abraçou do modo mais doce e terno.
Será que eu estava maluco? Será que eu estava nesse paraíso de tolos do qual Adamus fala? Não, meus amigos. Eu estava livre. Eu era livre.
E, então, eu continuava andando e visitando os lugares, quando, certo dia, encontrei um rio. Eu me sentei ao lado do rio e disse: “Olá, rio.” E o rio respondeu: “Olá, humano.”
Vejam, na realização, na liberdade, vocês descobrirão que não existe nunca um só dia que seja chato, porque as árvores e os rios vão falar com vocês.
E o rio disse: “O que você está fazendo, humano? A maioria das pessoas só quer me atravessar, mas você se senta e conversa comigo. O que você está fazendo, humano?” E eu disse: “Não sei, e não importa, porque sou livre.”
E eu disse: “Meu caro rio, eu costumava ser como você. Eu costumava correr o tempo inteiro. Eu costumava tentar encontrar a minha fonte. Eu costumava tentar voltar para o grande oceano, voltar para a unidade.” E continuei: “Mas, então, eu parei. Cessei com a busca, com aquela coisa de ficar vagando e tentando voltar pra algo que eu não tinha ideia de onde estava ou o que era. Parei de tentar voltar para o grande oceano. Eu me libertei. Então, meu caro rio, que você seja abençoado também com a mesma liberdade, deixando de tentar encontrar a fonte, deixando de voltar para a unidade, para o seu oceano. Que você seja soberano, meu caro rio.” E, com grande alegria, o rio me lançou um bocado d’água que me cobriu por completo, me limpando totalmente e me refrescando.
E continuei andando e andando, quando, certo dia, eu me deparei com um pássaro, um lindo pássaro. Era um lindo pássaro, e eu disse: “Olá, pássaro. Como está você hoje?” E o pássaro respondeu: “Eu bem. E como está você, caro humano?”
E eu disse: “Estou bem. Estou livre.” E o pássaro disse: “Você é um humano muito raro. A maioria dos humanos não param pra falar com pássaros, mas você, sim. Por que isso?”
E eu disse: “Bem, meu caro pássaro, eu sou livre. Sou muito livre.” E o pássaro me interrompeu. O pássaro disse: “Mas você não tem asas como eu tenho. Então, como você pode ser livre?”
E eu expliquei: “Meu caro pássaro, se você olhar bem de perto, na verdade, você verá as asas. Elas não são físicas, como as suas, mas eu tenho asas, e elas são todos os meus sonhos, todos os meus desejos. E estas asas que eu tenho, elas me libertam. Elas me permitem ir além das limitações de um corpo físico. Estas asas de anjo que eu tenho me permitem entrar no “e”. Assim, meu caro pássaro, embora você tenha asas que o levam para o ar, eu tenho asas que me levam para o “e”.”
O pássaro ficou tão contente, tão agradecido, que, literalmente, arrancou uma das penas de seu corpo e me deu como uma bênção.
Depois, continuando a caminhar, encontrei uma borboleta e disse: “Olá, minha cara borboleta, como está você hoje?” E a borboleta, batendo as asas entusiasticamente, disse: “Estou bem, caro humano. E como você está?”
E respondi: “Estou bem, minha cara borboleta, porque sou livre. Sou livre pra caminhar, pra sentir.” E a borboleta disse: “Bem, caro humano, você é muito diferente. A maioria dos humanos tenta me pegar, me espetar numa coisa e me colocar na parede, mas aqui está você, conversando comigo. Tem algo diferente com relação a você.”
E eu disse: “Sim, é verdade, cara borboleta. Alguns dizem que sou louco, mas o fato é que sou livre.”
E prossegui: “Cara borboleta, como foi deixar de ser um simples inseto, uma lagarta, entrar num casulo e sair como borboleta?” E a borboleta riu e disse: “Meu caro humano, eu mal me lembro. Mal me recordo disso. Ouvi histórias de que é a coisa mais difícil de se fazer, mas eu mal me lembro, porque, uma vez que me libertei, uma vez que surgi como borboleta, nada disso importava mais.”
A borboleta e eu ficamos lá sentados por um tempo juntos, em admiração por todo esse processo do despertar até a liberdade, enfim. A borboleta se aproximou e pousou na minha cabeça um instante, agitando as asas pra me dar uma bênção, assim como eu compartilhei uma bênção com ela. E depois voou. E eu pude sentir a liberdade, a liberação, a mesma pela qual passei na minha transformação. E eu também mal me lembrava daquela vez em que tive o colapso mental.
Continuei caminhando e visitando os lugares, até que, um dia, cheguei a uma vila, um vilarejo. Era um vilarejo com pessoas – pessoas que faziam seu trabalho diário, que tinham seus afazeres cotidianos –, e senti a energia mudar. Vejam, estar com humanos, estar com pessoas. Era muito diferente de encontrar borboletas e de falar com árvores e me comunicar com rios. Cheguei a esse vilarejo e tive uma sensação muito desagradável e diferente.
Mas continuei sorrindo, porque eu estava realmente feliz. Continuei assobiando, porque isso enchia meu coração e minha alma com minha própria música. E, enquanto eu entrava no vilarejo, acenei e sorri para as diversas pessoas que vi. E eu disse: “Olá, pessoas do vilarejo. Como vocês estão hoje? Olá, pessoas do vilarejo.” E quase entrei em choque com o que ocorreu em seguida. Em vez de me receberem com alegria, em vez de sentirem felicidade, em vez de falarem comigo, como faziam as borboletas, as árvores, os rios e os pássaros, bem, percebi que elas acham que eu estava mesmo no paraíso dos tolos, que eu estava maluco.
E, então, sem dizerem realmente uma palavra, pude quase senti-las cantando, gritando pra mim, gritando algo que... bem, era assim:
EINAT: Ele ficoooou...
GERHARD: ... biruta, tantã, doido, maluuuuco!
EINAT: Olhando fixo para as pareeeeedes!
GERHARD: Mas não porque é indolente.
AMIR: Sua mente está perturbaaaada!
EINAT: Mas seus sentidos estão inflamados!
GERHARD: Seus aspectos estão se rebelando.
EINAT, GERHARD E AMIR: Mas ele está tão... tãããão satisfeito! [Algumas risadas]
KUTHUMI: E foi isso que eu ouvi das pessoas do vilarejo, meus amigos. Foi o que eu ouvi.
Como foi triste, depois de estar na natureza, conversando com árvores, borboletas e com o rio, como foi triste, realmente, ser recebido sendo chamado de tolo, de idiota, só porque eu tinha me libertado, só porque eu tinha me deixado.
E vocês também podem se deparar com isso fazendo o que vocês estão fazendo, na sua iluminação encarnada. Vocês podem ouvir, de tempos em tempos, as vozes dessas pessoas do vilarejo, daqueles dizendo que vocês são tolos, que vocês são doidos de pedra. Vocês podem ouvir essas vozes vindo daqueles que estão mais perto de vocês. Vocês podem ouvir essas vozes daqueles que vocês chamam de amigos, daqueles com quem vocês têm compartilhado muitas vidas neste planeta. Vocês podem ouvir essas vozes repetidas vezes. Mas, meu queridos, lembrem-se, o que é o verdadeiro paraíso dos tolos? O que é o verdadeiro paraíso dos tolos? E quem são os que estão realmente malucos?
Prossegui em minhas jornadas, seguindo de vilarejo em vilarejo, de floresta em floresta. Continuei falando com o céu, com as pedras, com a Terra em si, assim como vocês falarão. E vocês vão descobrir que todos eles respondem, talvez não com palavras humanas, mas eles também vão falar com vocês.
Vocês também vão encontrar pessoas incríveis pelo caminho. Não muitas, mas vocês encontrarão pessoas incríveis que farão tudo valer a pena. E, então, vez por outra, vocês vão ouvir as vozes das pessoas do vilarejo. Vocês vão ouvir as vozes dos humanos que acham que vocês são malucos. Vocês vão ouvi-las e... como faremos de novo, será algo assim:
EINAT: Ele ficoooou...
GERHARD: ... biruta, tantã, doido, maluuuuco!
EINAT: Olhando fixo para as pareeeeedes!
GERHARD: Mas não porque é indolente.
AMIR: Sua mente está perturbaaaada!
EINAT: Mas seus sentidos estão inflamados!
GERHARD: Seus aspectos estão se rebelando.
EINAT, GERHARD E AMIR: Mas ele está tão... tãããão satisfeito!
KUTHUMI: De fato. Realmente.
Assim, meus caros amigos, é uma enorme honra estar aqui com vocês mais uma vez. Só lembrando que nunca, jamais há um dia chato sequer para um Mestre encarnado. Tudo vai conversar com vocês. Tudo vai fazer um tipo de som. Tudo vai se comunicar, seja com palavras, seja simplesmente com sentimentos. Tudo vai se abrir e se tornar muito, muito sensual.
Mas, lembrem-se de que vocês se encontrarão com as pessoas do vilarejo, com aqueles que não compreendem, com aqueles que acham que vocês estão malucos, com aqueles que tentam colocar vocês pra baixo e ridicularizá-los. Mas é aí que vocês respiram fundo e simplesmente permitem, simplesmente sentem.
Assim, vamos respirar bem fundo juntos enquanto encerramos o dia de hoje. Vamos respirar bem fundo juntos com a música do Yoham.
Com isso, Eu Sou, Eu Sou, realmente, Kuthumi. Namastê.
LINDA E A PLATEIA: Namastê.
KUTHUMI: Obrigado. [Aplausos da plateia]

[E segue a música do Yoham, que, ao final, agradece ao público, que vibra e aplaude.]

LINDA: Obrigada, Geoffrey Hoppe, canalizando Adamus e Kuthumi. Obrigada, Geoffrey Hoppe.

EINAT E GERHARD: E Linda Benyo!

LINDA: Ohh! E a plateia! É o melhor público do planeta para um show! Este grupo! Obrigada por este encontro mensal do Círculo Carmesim! Ninguém pode superar isto! Maravilha! Vemos vocês novamente daqui a um mês. Obrigada! Obrigada a todos! Namastê! Uau! Uau! Estou tão animada!

Tradução de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com

http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/textos/transhuman10parte2.html

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